segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O amor à casa torna

Ando reparando, e muito, nas famílias. Reparo em como meus amigos falam sobre seus pais, em como os pais tratam seu filhos, como o enlaço familiar é retratado em filmes, novelas e até comerciais. Viciei na temática "família".

Não sei ao certo o motivo disso, provavelmente é medo de falhar em algum aspecto, é vontade demais de ser uma mãe perfeita e não deixar faltar amor, carinho, educação e essas coisas todas de pais-e-filhos.
Muito provavelmente um dia você irá me questionar sobre o seu pai, me perguntar como ele era. Infelizmente filha, você que terá que me dar essa resposta. Não tenho como dizer como é uma pessoa com a qual pouco convivi. Não é que tive você com um desconhecido. Não, não! Apenas vivi com ele tudo que tinha que viver num piscar de olhos. 

Não sei como será a relação entre você e seu pai futuramente. Espero que seja boa.

Minha mãe me conta que quando eu era um bebezinho o meu pai babava em mim, que ia almoçar, me botava em seu colo e eu ficava amassando sua comida e ele nem se importava. Minha mãe me arrumava toda, me levava para passear no trabalho dele e ele se orgulhava de mim. 

É até engraçado ouvir isso, filha. Você, com certeza, deve estar se perguntando porque, já que o vovô é todo carinhoso, né? Pois se ele é assim, se ele está assim, é porque você trouxe isso à tona novamente!

Não sei porque, mas em algum momento parece que tudo se transformou. O meu pai que era um babão, cheio dos sentimentos fofos, se transformou em um homem sério, de poucas palavras, e poucas demonstrações de afeto. Eu que era a filhinha querida também me transformei numa pessoa que não se dedicava muito à família. Repito, não sei porque isso aconteceu.

Todos distantes, cada um vivendo no seu mundo, parecíamos desconhecidos vivendo numa mesma casa. Ok, pode ser que eu esteja dramatizando um pouco. Mas o que eu quero dizer é que tudo voltou ao normal, o status de família feliz retornou, e retornou justamente quando eu pensei que o caos iria se instalar definitivamente.

Hoje em dia eu vejo, e o mais importante, eu SINTO o amor transbordando nessa casa. Filha, a sua reação quando ve seu vô entrando pela porta de casa é a coisa mais bonita que já presenciei! Você estica os bracinhos em direção a ele, abre um sorriso do tamanho do mundo e solta gritinhos de felicidade. Os olhos do vô se enchem de lágrimas, SEMPRE! Durante o almoço ele te pega no colo e adivinha o que você faz? As mesmas coisas que eu fazia quando era bebê! O zelo e o carinho que ele tem em fazer suas papinhas TODOS OS DIAS! A paciência que ele tem em subir e descer com você no elevador inúmeras vezes ao dia. São infinitas atitudes que me deixam orgulhosa. Além disso, é como se eu estivesse revivendo algumas situações através de você. O elo que eu tinha com o meu pai foi refeito por você, Maria. Obrigada por isso!

Não sei quantas experiências e vivências você passará com o seu pai. Mas se você sentir falta, eu posso continuar te emprestando o meu!


Só falta eu parar de me expressar tanto por aqui e passar a verbalizar mais meus sentimentos.

2 comentários:

  1. AI....COMO SOU EMOTIVA "E VC SABE DISSO"...EU ME DERRAMEI EM LAGRIMAS COM ESTE POST! KKKKKK AIAI...bjos EMI

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  2. Como é bom ler coisas tão legais, como é bom saber que ainda existe amor familiar, pq mesmo longe dos meus pais eu sinto uma falta tão grande, mas estamos sempre conectado, e fico triste quando vejo alguém falando mal da sua família, principalmente de pais..
    Parabéns pela família linda

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