sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pai, mãe, sabe bebê? Então, eu fiz um...


Se tem uma coisa que diferencia as mães normais das mães solteiras (não que não sejamos normais) é a forma de contar a grande novidade. Normalmente a família inteira já está no aguardo de um novo rebento, é só ver um casamento que as tias já começam os perguntórios de quando vai chegar o filho e bla bla bla. Ao contrário do que acontece com a gente, pois ninguém está esperando a chegada de  bebê, muito menos estão preparados psicologicamente para isso.

No dia que eu descobri que estava grávida marquei uma reunião junto com minhas amigas para elas me acalmarem e para bolarmos um plano de como e quando contar a novidade para os meus pais. A maioria achava que eu deveria contar o mais rápido possível, era bom para aliviar a tensão, já eu achava que deveria contar só quando você nascesse, Maria huahua. Bem, isso seria meio complicado, mas para mim mais complicado seria enfrentar as ferinhas dos meus pais.

Mas ta, criei coragem (porque se tem uma coisa que nós mães solteiras precisamos ter é CORAGEM) e decidi que contaria a novidade para os meus pais no outro dia, e decidi que faria isso por partes, achava que seria melhor do que reunir geral na sala e soltar a bomba de uma vez. A primeira a saber foi a minha mãe. Pela manhã eu acordei enquanto ela limpava a sala, sentia um frio imenso na barriga, as pernas tremiam e a voz quase não saía, até que comecei “Mãe, preciso te contar uma coisa séria, talvez a mais séria de toda a minha vida”, minha mãe continuou na limpeza “Hm...” “É que eu to grávida, mãe não sei o que fazer, estou muito nervosa...” e fui esperando pelo berro de “QUE QUE É ISSO LAZAREEENTA DE MENINA”, mas não, para o meu espanto minha mãe não esbravejou, só ficou meio tristonha e disse que achava que eu era inteligente e sabia me cuidar. Aí ela veio com as  perguntas mãezísticas e eu disse que já tinha certeza, mas que sei lá, vai que a certeza não era absoluta, então tava pensando em fazer um ultrassom. Foi aí que eu fiz o ultrassom que eu comentei no post de ontem. Ela foi trabalhar, eu fiz o exame, ela me ligou, eu confirmei.

Mãe, check! Faltava mais dois: irmão e pai. Como eu sei que meu irmão é curioso, tratei de deixar o resultado do ultrassom do lado do pc dele, que eu tinha certeza que ele iria dar uma olhadela. Dito e feito! Na hora do almoço ele pegou o envelope e olhou pra mim “O que é isso?” “Xiuuu, meu pai não viu ainda, olha aí”. Ele olhou, coçou a cabeça de nervoso, deu uma risada nervosa e... e mais nada, foi só isso mesmo hauhua Eu acho que internamente ele pensava “Fuuuuuuu irmã”.

O meu maior temor era quanto o meu pai. Ele é um homem muito sério e sistemático, total defensor da moral e dos bons costumes, como eu poderia contar que estava grávida, solteira, para um homem correto desses? E o engraçado é que bem no dia chegou uma cliente no escritório do meu pai com um bebê, e meu pai brincou até com ele, eu fiquei observando, quase chorando, pensei em interromper “PAIII, é bom bebê, né? Daqui uns meses você vai ter um para brincar também hihi” huahau mas melhor conter o ímpeto! Cheguei a conclusão que eu contaria enquanto ele me levava para a faculdade, seria bem melhor, porque eu soltava a bomba, me escondia na faculdade e quando chegasse em casa de noite eu corria pro meu quarto e PRONTO, me mantinha viva! É lógico que corria o risco do meu pai ter um ataque, um infarto, perder o controle da direção do carro e POW, mas ufa, deu tudo certo huahua (dica: um bom momento de contar para o pai que está grávida é quando estiverem no trânsito, desde que ele não tenha sentimentos homicidas, tenha nervos de aço e seja bom motorista!). Comecei “Pai, preciso ter uma conversa muito séria com você, mas só vou começar a falar se você prometer não brigar comigo”, ele consentiu, continuei “É que andei fazendo uns exames... fiz um de gravidez e deu positivo”, esperei pelo sermão, ele não veio, comecei a chorar, pedi desculpas e disse que estava desesperada, foi então que ele demonstrou ser o bom pai que é “Filha, independentemente do que acontecer você tem uma família que vai te acolher, você e o bebê”.

Filha, bem resumidão foi assim que a noticia da sua chegada chegava para a minha família. Por mais que todos estivessem assustados todos foram receptivos, todos me acolheram, todos me ampararam, ninguém foi contra a sua chegada, muito pelo contrário. A partir desse dia um alívio imenso tomou conta de mim, porque eu sabia que poderia contar sempre com a minha família, e percebi quão abençoada eu era por isso. Eu simplesmente não tenho palavras para descrever  a gratidão que sinto pela minha mãe, pai e irmão e por você  também, que veio no momento exato, para botar sua mãe nos eixos novamente e unir mais ainda a nossa família.
Obrigada, meu presentinho ^^


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Messário

Tradicionalmente comemoramos o aniversário de uma pessoa quando esta faz anos, óbvio!
Como Mariazinha ainda não completou um aninho de vida, eu e minha família e os mais chegados, comemoramos o seu "messário" aniversário de meses, ahm ahm ahm huahua
Já vi que isso se tornou uma constante entre alguns pais e eu não poderia ficar de fora.
Hoje comemoro o 4° messário de Maria Eduarda!!
Com o blog ficará mais fácil acompanhar a evolução desse pequeno ser, e como ela fica mais esperta a cada mês que se passa.

Filhota, nesses quatro meses você já aprendeu tanta coisa, porém me ensinou mais do que aprendeu. Mamãe te ama e que venham mais messários \o/



Primeira vez que vi Maria Eduarda, ou quase isso...


Seguindo o raciocínio de fazer o caminho inverso da minha longa caminhada maternística, há um ano eu realizava o meu primeiro ultrassom. Ainda atordoada com a reviravolta de acontecimentos do dia anterior resolvi fazer tal procedimento pra confirmar de vez, ou não, a minha gestação. É melhor a gente se cercar de todas as afirmativas, pq né, vai que eu não estava grávida nada, vai que tinham trocado os meus exames, vaaaai que... é foi nada...

Mas heim, qual a mulher que nunca se imaginou nesse momento?? Sempre que eu via novelas e filmes eu me botava no lugar da mãe e ficava pensando como seria comigo quando isso acontecesse. Pois bem...não foi nada parecido com novelas e filmes, mas sim com um seriado. Quem aqui assiste “Friends”?? Posso dizer que me senti a Rachel em meu primeiro ultrassom.

Assim, foi igual porém diferente huahua pra começar eu fui sozinha, então não tinha ninguém pra segurar a minha mão, nem passar a mão em minha cabeça, ninguém pra me mandar parar de dar chiliquinho huahua. O médico me chamou e lá fui eu enfrentar mais uma confirmação. Me deitei na cama enquanto aguardava passarem o gelzinho na minha barriga, mas para minha surpresa nada de gel, o médico pegou um instrumento, botou camisinha nele e depois um gel e “UEPA, WTF?!?!?” (aqui peço desculpa para quem está achando too much information novamente, só que preciso avisar as futuras mamães como são os procedimentos, pq euzinha não sabia de nada e chegava nos lugares com a maior cara de “O QUE É ISSO MELDELS?!?!”. Um dos meus objetivos com esse blog é demonstrar TUDO que  pode acontecer com uma mãe, é ser uma amiga que tire as dúvidas que ninguém próximo possa tirar. Então nada de vergoinhas por aqui, ok? Firulinhas de desculpas feitas bora voltar para o que interessa). O ultrassom era transvaginal, pois no início da gestação o feto ainda está pigigiginho e só assim para conseguir vê-lo.

Feito isso o médico começou o procedimento e na telinha foi me mostrando que estava tudo bem, mostrou o útero e UEPA, ali estava a minha filhotinha, a minha sementinha, o meu feijãozinho (filha, por muito tempo a mamãe só te chamava de Feijãozinho, é que você se parecia com um e eu tinha CERTEZA ABSOLUTA que você seria hominho, instinto maternal total fail huauha). SÓ que, eu sabia que a minha filha estava ali no meu útero porque o médico disse que estava, (aí é que entra a Rachel), queeeem disse q eu conseguia ver a minha filha?!?! Fiz cara de feliz, boba alegre, só porque o momento pedia, mas oh, não consegui ver nada. De início, pra mim, o útero era o feto, aí o médico circulou e disse que aquilo era o útero “AH TA” e depois me mostrou que aquela bolinha pigigiginha era você, Maria Eduarda! Ounnn.

Com mais um ponto a favor da maternidade marcado lá fui eu para as minhas inúmeras indagações, eu queria saber de tudo, mas o médico não queria me dizer nada. Se limitou a dizer que eu estava de 5 semanas e meia de gestação (aproveito para lhes informar que a contagem da gestação da-se a partir da data da última menstru e não da data de concepção. Eu não sabia disso!), que havia a presença de saco gestacional contendo embrião medindo 2mm (meu, o que mede doismilímetros nesse mundo? È coisinha pequena d+, aí eu vi que era filha minha mesmo huahua), que a provável data do parto seria em 25/06/11 e que se eu quisesse ouvir o coraçãozinho do bebê era só aguardar mais uma semana.

Ou seja, saí desse exame totalmente radiante, totalmente mãe, totalmente orgulhosa do meu embriãzinho de doismilímetros, e fiquei indignada em como o ser humano se desenvolve rápido, com seis semanas já daria para ouvir o coração. Cooomo? Sendo o bichinho tão pequenino? E a hora que ouvi a provável data do parto... nunca que eu imaginava que eu sairia dali já com uma previsão de nascimento.

Esse foi um dia muito emocionante para a mamãe, Maria Eduarda. Pela primeira vez eu pude te ver, bem... te ver mesmo foi meio complicado, mas depois que te achei não te perdi de vista mais, e olha só como você já era LINDA


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nascimentos


Hoje posso comemorar o nascimento de duas coisas muito importantes para mim: 

1º) O nascimento desse blog que será uma ferramenta muito útil para que, futuramente, minha filha possa acompanhar o que se passou comigo e com ela, mesmo antes dela nascer;  
2º) O nascimento do verbo amar na sua conjugação + do que sublime em meu ser. NASSA, mas que começo de blog + meloso heim? Huahua É que há exato um ano eu descobri que estava grávida!!!!

Para aqueles que não estavam próximos de mim nessa data vou contar brevemente como foi o meu dia em 26/10/10: Eu estava queixosa de cólica mas nada da menstru descer, então resolvi comprar um teste de farmácia, pra né, liberar o psicológico e fazer a danadinha descer (as veiz to esperando até agora huahuaa). Ok, pro teste dar um resultado exatinho é melhor colher a 1ª urina do dia. Acordei de boooooa e fui fazer o pips no tubinho (too much information, mas me desculpem, o post d hj é todo too much hauhua) pra ficar aliviada o resto do dia. 

(Diquinhas de saúde: Pra quem nunca fez esse teste é o seguinte: vc faz o xixizinho, coloca a tirinha no tubinho e aguarda 5 minutinhos, se aparecer um risquinho = UUUFA, seu útero não tem inquilino, se aparecer dois risquinhos = FUUUUU, hóspede à vista!!)

AÍ, eu coloquei a tirinha no tubo e INSTANTANEAMENTE apareceram DUAS tirinhas. Ou seja, eu estava MTO grávida!!! Fui tomar banho quase desmaiando e quando terminei liguei pra minha amiga Marília chorando, depois fui dar a notícia pra geral no msn. As janelinhas do meu msn piscavam numa freneticidade nunca dantes vista por esse pequeno ser, parecia pisca-pisca em época de Natal ahuahu.

AÍ veio a galera do “relaxa e goza” falando que era pra eu ficar calma que teste de farmácia não é 100%. Então ta né, coooorri pra fazer o exame de sangue. Chego na clínica e a moça pergunta “Quer saber o resultado com urgência?” “Nãããão, que isso, pode deixar pro ano q vem...POR FAVOR, NÉ?” “Ok, vc pode pegar o resultado daqui 2hrs pela net ou aqui mesmo” “MOÇA, não sei oq é pior” “rs” Então a enfermeira que iria tirar meu sangue me chamou e eu parti para os questionamentos “Teste de farmácia falha mto, NÉ?” “Ahh, hoje em dia está muito avançado, se o seu deu positivo vc veio aqui só para confirmar” QUE BOM, pensem em alguém quase desmaiando...

Pois bem, o exame foi feito, o pai foi avisado, as amigas ficaram apreensivas juntamente comigo, até que deu a hora do resultado ser lançado na net e eu deleguei ordem à terceiros para que verificassem o resultado, já que eu não tinha coragem alguma pra isso. Muita tensão no ar, mas realmente, veio a confirmação: EU ESTAVA GRÁVIDA!!!!

Me recordo do dia como se fosse hoje, um amontoado de sentimentos e sensações tomaram conta de mim, eu não sabia como reagir diante dessa notícia tão inesperada. Aos poucos fui contando a temida novidade para os amigos mais próximos e foram eles que me salvaram nesse dia.

Filha, a notícia da sua existência foi a mais forte que a mamãe já recebeu até hoje, mas não pense que achei ruim. Só fiquei preocupada, afinal de contas o momento não era propício, estava desempregada, não tinha me formado ainda e o pior (ou não) seria uma mãe solteira! Pra aliviar a tensão, naquele dia eu me reuni na casa da Tia Jack com o restante das meninas da turma, foi com elas que dividi meus medos e angústias, digerindo isso tudo com muita pipoca! E já no final do dia, mais serena, começava a me acostumar com a novidade,  e então, finalmente pude te acariciar em minha barriga.

Há um ano nascia uma nova Héllen.

E foi assim que tudo começou, e é assim que começa esse blog.